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Escale-se: programa conecta universidade e indústria

Escrito por Natiele Lopes

20/01/2021

Iniciativa visa sanar o abismo entre as pesquisas acadêmicas e as demandas do mercado, acelerando os processos de inovação, a geração de novas tecnologias e negócios

Tecnologias devem resolver problemas, trazer maior qualidade de vida para as pessoas e otimizar processos, mas muitas vezes ficam estagnadas nos laboratórios. O Brasil tem um grande potencial com um trabalho de ponta feito nas universidades, mas apenas 6% das pesquisas desenvolvidas na UFMG, por exemplo, já chegaram ao mercado.

O Escale-se nasce com o objetivo de superar essa lacuna. O programa vai fomentar novos negócios de base tecnológica a partir de demandas da indústria e de pesquisas acadêmicas. Fruto de uma parceria entre o Escalab, vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Midas (INCT Midas), e o hub de inovação da FIEMG (FiemgLab), o Escale-se vai conectar as indústrias ao rico ecossistema de inovação de Minas Gerais, fazendo a PONTE entre as demandas de mercado e as tecnologias em desenvolvimento nas universidades.

Para as indústrias, a iniciativa é bastante benéfica.

De acordo com a Pesquisa de Inovação 2009-2017, feita pelo IBGE, o principal obstáculo que as empresas enfrentam para inovar são os riscos econômicos excessivos. Em seguida, estão os elevados custos e a falta de pessoal qualificado.

Por meio de uma parceria, a equipe do Escale-se fará o mapeamento das tecnologias estratégicas para o negócio, auxiliará no desenvolvimento e vai promover um diálogo fluido entre pesquisador e empresa. Tudo isso aliado ao know how dos integrantes do programa, à proximidade com grandes parceiros como UFMG, Senai, Fiemg e Fapemig, e a uma infraestrutura de qualidade oferecida pelo Escalab.

Uma aliança estratégica entre indústria e pesquisa intermediada pelo Escale-se representa para o mercado uma redução de tempo, custos e riscos para inovar, uma vez que o programa irá testar as tecnologias desenvolvidas nas universidades em maior escala para garantir a viabilidade de implementação.

Quem encabeça a iniciativa é Rochel Montero Lago, professor da UFMG conhecido por sua atuação nas áreas de inovação e empreendedorismo acadêmico. “O programa faz parte de uma rica experiência já desenvolvida na UFMG e que visa conectar empresas e universidade. Como resultados, esperamos ver no mercado empresas mais inovadoras, com tecnologias que resolvem problemas e ampliam negócios”, destaca.

Com os recursos financeiros já aportados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), pelo menos 30 tecnologias em hard science serão mapeadas. Em seguida, de 10 a 15 passarão por uma pré-aceleração, com mentorias e consultorias para que as ideias sejam transformadas em possibilidades de negócio. Ao final de todo o processo, pelo menos uma tecnologia promissora terá condições de testagem em escala industrial. Esses números podem ser ainda maiores!

O programa conta com parcerias estratégicas para promover inovação junto às grandes indústrias brasileiras e em breve abrirá inscrições para pesquisadores de áreas como Engenharia Química, Química, Engenharia de Materiais, de Minas e Metalurgia, dentre outras que desejem desenvolver uma pesquisa relacionada aos desafios propostos.

Escrito por Natiele Lopes

Bacharel em Comunicação Social pela UFMG. Já atuou em diferentes áreas da divulgação científica, com redação e audiovisual. Tem experiência em comunicação institucional, produção de conteúdo e jornalismo. É Analista de Comunicação do Escale-se e do Escalab.

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