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Startup incubada no Escalab que transforma resíduos de alumínio recebe investimento em um programa de inovação do Sebrae

Escrito por Comunicação

06/05/2022

Liderada por duas mulheres, a Recycle 13 se classificou em 46º lugar dentre 1164 inscritos, e conseguiu aporte de 20 mil reais no programa Catalisa ICT.

A Recycle 13  utiliza resíduos de alumínio como matéria-prima para produzir dois importantes produtos: um produto coagulante utilizado comercialmente para tratamento de água e efluentes (policloreto de alumínio (PAC)) e gás hidrogênio, importante fonte alternativa de energia. O PAC, utilizado em tratamentos de efluentes, é o coagulante mais eficiente do mercado quando comparado a alternativas como sulfato de alumínio. Já o gás hidrogênio é uma alternativa de energia limpa para substituir os combustíveis fósseis. Com a seleção pelo programa Catalisa, a startup passa a contar com um aporte financeiro de 20 mil reais para validação em estágio piloto, além de bolsas de pesquisa para a consolidação da empresa até a criação de um CNPJ. Resultando em um investimento total de quase R$150.000,00, resíduos como marmitex, latinhas de alumínio ou até mesmo tubos de medicamentos são reaproveitados na tecnologia inovadora da Recycle 13.

A startup que atualmente é liderada pelas pesquisadoras Mariana Gualberto Mendonça, mestranda em química pela UFMG e analista líder de PD&I no Escalab e Michelly Almeida, aluna de graduação em química pela UFMG e analista júnior de P&D no Escalab, surgiu como resultado de um projeto social.

Em parceria com o presídio Inspetor José Martinho Drumond, localizado em Ribeirão das Neves – MG, foram feitos estudos voltados para a reciclagem de alumínio. Os detentos realizavam a coleta e separação de marmitex usadas, que eram então encaminhadas para os laboratórios da UFMG para testes de eficiência de reciclagem.

Nesta época foi possível determinar uma metodologia para reciclar este tipo de material de alumínio. O trabalho rendeu a posição de finalista no startup weekend, promovido pelo Biotechtown em 2015, e o 1° lugar no I Torneio Brasileiro de Sustentabilidade, realizado em 2020.

Tendo em mente que o processo de reciclagem de alumínio em latinhas já é uma cadeia fechada e muito bem estabelecida, a Recycle 13 está em um momento de entender como se inserir no mercado de reciclagem de alumínio. Com mapeamentos tecnológicos e pré estudos de viabilidade técnica e econômica feitos, a startup está estudando resíduos de alumínio não convencionais, como tubos descartáveis (pomadas e cremes), recipientes que contém alumínio e até mesmo as marmitex (com restos de alimentos) já estudadas anteriormente.

Os resíduos presentes nas embalagens não convencionais de alumínio, atrapalham os processo de reciclagem desse metal, fazendo com que uma grande quantidade desses materiais fiquem sem destinação adequada. Apenas no presídio que foi parceiro da Recycle 13, são descartadas de 10 a 14 toneladas de marmitex por mês. “O Escalab que atua fortemente em agregar valor a resíduos para transformá-los em novos produtos, direciona e acompanha o desenvolvimento da Recycle 13 com os recursos da diretoria e da equipe de novos negócios” diz Maria Duarte, Gestora do Escalab.

Próximos passos

O Catalisa ICT é uma iniciativa articulada pelo Sebrae com a parceria de entidades do ecossistema local de inovação, com o objetivo de acelerar e fomentar negócios inovadores de base tecnológica, para alavancar a geração de riqueza e bem-estar para a sociedade.

No ano passado, a Recycle 13 participou da primeira etapa do Catalisa ICT, onde foram ministrados cursos de capacitação em gestão da inovação e propriedade intelectual. Com esse dinheiro, o plano é desenvolver um modelo de negócios, estruturar P&D para reciclagem em outros tipos de resíduos de alumínio, construir uma planta piloto que já está projetada e buscar novos parceiros para conseguir novos investimentos, podendo, de fato, se inserir no mercado.

“No início não via muito futuro, mas são 2 mercados muito em alta.

O PAC e o gás hidrogênio, que é a grande aposta mundial do setor

de energia. Ainda mais agora que pivotamos a ideia, pegando

descartes de lixão e aterros sanitários e dando outro destino. É

verde!”

Mariana Gualberto de Mendonça – Analista Líder de P&D no Escalab

O Catalisa ICT ainda conta com mais duas etapas focadas em executar projetos de inovação e realizar articulação com investidores. Para essas próximas etapas é necessário a criação de um CNPJ para a empresa. Agora, a Recycle 13 pretende seguir crescendo e continuar nas próximas etapas do programa Catalisa.

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Escrito por Comunicação

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